A fronteira é um mundo que muitas vezes parece uma prisão, ela possui sua própria linguagem, é um mundo de exclusão, um mundo aparte, um mundo em que o que fala mais alto e mais brusco leva vatagens. Nos seus costumes, uma pessoa de fora, se vestir-se na moda ou variar de roupa é visto como homosexual, se apresenta-se cabeludo é considerado drogado.
Este mundo região em que o uruguaio apresenta alto nível cultural eo Brasill o aplasta com suas redes globais e futebol, leva a derrubada da alta estima do forasteiro.
O desrespeito individual leva a falta de cidadania, então, desta forma muita coisa errada como: tráfico, roubo de carros, contrabando, abuso de adolecentes, sequestro de motos e carros etc. torna-se comuns na sociedade de fronteira, como sendo um "mumú" (linguagem usada para definir negócio ilícito, fácil). O caminho da denúncia social, o encaminhamento de erros para a correção não são presentes e terminam afetando a auto estima de um todo.
Este todo excluido é oprimido e não se transforma em estímulos para um progresso social dinâmico, que é o que o mundo atual exige.
Por isso, pela falta de querer um mais, é que a fronteira está entre a espada e o muro, não se transforma em progresso econômico e é cada vez mais achatada na sua conduta de um mundo região isolada.
O fato de intelectuais a serviço de classes dominantes elaborarem, numa forma ideológica o ideário gaúcho, durante muito tempo nada foi contestado de forma mais ampla. No entanto, o mecanismo de ajuste deste ideário, foi a imagem, cordial e hospitaleira da figura deste personagem.
Aqui em nossa região, onde o caráter prático da identidade criada é amior, fica uma pergunta:será que esta hospitalidade e cordialidade toda é verdadeira?
As grnades distâncias entr os latifúndios existentes na região da campanha, fazem e faziam com que as figuras, destes campos pampeanos, sintam-sesolitários e carentes de informação de um mundo não tão distante. Portanto, quando um forasteiro aparece é natural que ele seja gentil e hospitaleiro. Mas será ele gentil ou desconfiado, pronto para saber qual o objetivo da visita do forasteiro?
Esta desconfiança se dá pelo passado histórico de guerras e disputas territorias na região.
O mesmo acontece na forma urbanizada, onde pode acontecer com que um empresário venha de fora investir em nossa cidade e tenha toda a sua vida investigada, para saber se ele presta ou não presta como pessoa, ou como empresário. Ora, esta forma não é correta para tratarmos um futuro investidor. Pois desta forma, este aspecto cultural encrunhado em nossa epiderme, deve mudar, para que sejamos gentis de verdade e, não desconfiados. Retratando as falsas imagens criadas por intelectuais positivistas de outrora ou do presente.
Esta desconfiança é o preço da falsa imagem criada, para disfarçar o processo da criação do Estado, disputado por espanhóis e portugueses, que tiveram que pagar muitas vezes o patrimônio e o sangue levado para abastecer a formação deste Estado que se diz Nacional.
Definir cultura popular é muito complexo. Há diversas posições à respeito. Uma das posições é achar que qualquer produto cultural inspirado pela ideologia do povo seja em si um produto da cultura popular, mesmo que não venha das camadas populares.
Por outro lado, tem o grande tema: a televisão faz parte da cultura popular? Eu acho que sem dúvida que sim. Inclusive, ela é transformadora da cultura popular. Agora, se ela é cultura popular sendo antipopular é outra discussão. É cultura popular aquela que vem ou aquela que atinge as grandes massas populares?será que a obra, por ser aceita pelas grandes massas, é uma obra de cultura popular?
E o nosso desfile do 20 de Setembro, a nossa campereada é cultura popular?Será que estes eventos não estão a serviço de outra camada que não é a maioria, portanto, será ele popular?Mesmo sendo aceito pelas grandes massas.
Cultura popular é toda a manifestação que se coloca de uma forma inequívoca ao lado do povo e contra o opressor. Porém, existe tempo de confeção de cada tipo de arte a ser analisado.
O trabalho da cultura popular se faz na medida em que o povo discute vários aspectos da sua sociedade, inclusive e com mais força o aspecto econômico.
Primeiramente, a própria revolução farroupilha, que de revolução não tem nada, foi apenas a luta de uma camada abastada pela melhoria de preço do seu produto; onde quem parte para a luta do corpo a corpo, na defesa do produto do fazendeiro foram as camadas populares. Portanto, a comemoração em si não tem nada de popular.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
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